Estelionato eleitoral: CEB na alça de mira da ganância do governador Ibaneis

Leia na coluna de João Vicente Goulart: "Sim, a venda da CEB é um saqueio e uma tomada do patrimônio público"

Estelionato eleitoral: CEB na alça de mira da ganância do governador Ibaneis
 

Estelionato eleitoral: CEB na alça de mira da ganância do governador Ibaneis

Leia na coluna de João Vicente Goulart: "Sim, a venda da CEB é um saqueio e uma tomada do patrimônio público"

PorJoão Vicente Goulart

 

 

 

Sempre que a descrença se manifesta, o faz com muita dor e tragédia para todo um povo que um dia acreditou ser governado por um homem sério.

Mais ainda quando essas atitudes mentirosas, cínicas e hipócritas partem de um governante eleito, com o discurso da ética, moralista e da defesa dos interesses populares, repetindo com ênfase e assinando documentos em cartório como um verdadeiro defensor dos bens públicos que haveria de proteger da cobiça das privatizações, torna-se fraude. Estelionato eleitoral

 

Sim, a venda da CEB é um saqueio e uma tomada do patrimônio público. Construída com anos de contribuições de dinheiro da população do Distrito Federal, vai ser entregue com cartas marcadas, como o que estamos vergonhosamente presenciando no Governo Ibaneis com a privatização da Companhia Energética de Brasília.

Esse habitante do Palácio Buriti assinou em documento político da nossa aliança, que não privatizaria a CEB.

 

Em política, podemos, sim, ter alianças sinceras para chegar ao poder, mas o que não podemos é trair o povo que acreditou em um projeto, em um discurso, que imbuído em conquistar votos, jurou que as privatizações estariam fora de seus objetivos, como o fez Ibaneis na campanha com relação à CEB, traindo aqueles que nele confiaram.

Quais outras entregas virão a seguir desse governador?

O Metrô, a CAESB o BRB?

Os traidores são assim, praticam o jogo sujo, subterrâneo, são hipócritas, covardes coabitantes com a mentira, e assim serão tratados nos desígnios da história de cada região sufocada.

Agem pela tirania da prepotência do poder e pela força dos grandes negócios que envolvem a traição da entrega do patrimônio público.

Dizem, os velhos ditados das vozes populares, que quem não tem palavra, tem que assinar, mas tem aqueles déspotas, que mesmo assinando, não cumprem os seus compromissos com o povo, pois preferem inserir em suas biografias a palavra “traidor” advindas dos povos que os elegeram.

https://www.youtube.com/watch?v=s7X8zQNdJ44&feature=emb_logo

Siga seu caminho, Ibaneis. Continue construindo a República da OAB, tal qual a montagem de seu governo com milhares de advogados à sua disposição. Talvez possam eles explicar como foram parar na cadeia o bando de indiciados da sua Secretaria de Saúde, no mais grave momento de dor e enfermidade que o nosso povo sofre. Pois quase com certeza vossa excelência nada sabia.

Não se esqueça daquilo que se fala em campanha e se promete ao povo que o elegeu:

“Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.”

Winston Churchill

*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Fórum

João Vicente GoulartJoão Vicente Goulart

Filósofo, poeta e escritor. Autor dos livros “Entre Anjos e Demônios, poemas do exílio” e “Jango e eu: memórias de um exílio sem volta”, este foi finalista do prêmio de literatura Jabuti na categoria Biografia. Preside o Instituto João Goulart desde 2004. É colunista da Revista Fórum.