Aliados de Trump avaliam brecha em lei para manipular Colégio Eleitoral e reeleger republicano

Órgão que faz a escolha do novo presidente dos EUA pode ter delegados indicados pelos legislativos estaduais, em vez do partido vencedor em cada região

Aliados de Trump avaliam brecha em lei para manipular Colégio Eleitoral e reeleger republicano

Aliados de Trump avaliam brecha em lei para manipular Colégio Eleitoral e reeleger republicano

Órgão que faz a escolha do novo presidente dos EUA pode ter delegados indicados pelos legislativos estaduais, em vez do partido vencedor em cada região

Por Fabíola Salaniwhatsapp sharing buttonFORUM

Donald Trump - Foto: Aubrey Gemignani/Fotos Públicas
 

Em desespero por terem perdido nas urnas nos Estados Unidos e acusando fraudes nas eleições, os aliados de Donald Trump já começam a avaliar uma estratégia limite para manter o empresário na Presidência daquele país. O democrata Joe Biden é considerado o vencedor do pleito. No entanto, ele precisa ter a eleição confirmada pelo Colégio Eleitoral, na qual votam delegados dos partidos. São necessários 270 votos nesse colegiado para sacramentar o resultado do pleito.

O alerta está em uma reportagem do site Business Insider. A estratégia, inclusive, foi descrita pelo apresentador Mark Levin, que é apoiador de Trump, em um tuíte de 5 de novembro, quando a derrota já se vislumbrava. Na publicação, o apresentador dizia: “Lembrete aos legisladores republicanos estaduais: vocês têm a palavra final para escolher os eleitores [do Colégio Eleitoral]”. A postagem foi marcada como imprecisa ou mesmo mentirosa pela rede social.

De acordo com o plano, os secretários de estado dos estados em que Biden e os democratas tiveram mais votos impediriam que as autoridades estaduais certificassem os resultados eleitorais. Os deputados estaduais do Partido Republicano seriam então livres, argumentam os defensores da tática, para nomear novos delegados ao Colégio Eleitoral. E esses poderiam ignorar os resultados das urnas e apoiar Trump.

A ideia já saiu das redes sociais e está sendo discutida pelos apoiadores do atual presidente em redes de TV.  


Nos Estados Unidos, os eleitores não votam diretamente no candidato de sua preferência. Eles escolhem o partido que deverá indicar os delegados ao Colégio Eleitoral. Dos 50 estados, em 48 o vencedor indica todos os votantes, pelas regras – as exceções são Nebraska e Maine.

Qual a possibilidade de dar certo?

Mas seria possível que essa manipulação fosse de fato levada adiante? Segundo o Business Insider, especialistas jurídicos deixaram claro que o plano, embora não explicitamente proibido pela lei dos EUA, tem poucas chances de sucesso. A Suprema Corte, em julho, manteve uma lei aprovada por 32 estados, incluindo Arizona, Michigan e Wisconsin – locais onde Biden recebeu a maioria dos votos da população -, tornando ilegal a troca de votos por eleitores “infiéis”.

Segundo o site, a estratégia dependeria da existência de representantes estaduais leais ao Partido Republicano, que concordasse em nomear seus próprios eleitores, desafiando a escolha dos eleitores.

No entanto, especialistas disseram ao Business Insider que, mesmo que os legisladores estaduais embarcassem nessa tentativa, ela provavelmente seria anulada pela Suprema Corte dos EUA.

Com informações do Business Insider